terça-feira, setembro 01, 2015

Luís Nassif não olha para o próprio rabo... Ou seria bolso?


A oposição, liderada pelo PSDB de Aécio Neves, está gerando no país um clima de violência política, até mesmo de guerra civil. É preciso distinguir claramente a crítica democrática aos erros políticos e econômicos do PT e do governo e as exigências de que as investigações sobre atos de corrupção sejam feitas e os responsáveis punidos, da critica que incita a violência, o sectarismo, o ódio, a exclusão e a perseguição política que alguns líderes da oposição pregam e que ativistas a praticam nas ruas e em outros ambientes. Se a fanfarronice irresponsável do presidente da CUT merece o repúdio, maiores repúdios merecem declarações irresponsáveis de líderes políticos da oposição quando usam uma linguagem de ódio e de exclusão política do PT e os atos de crescente violência sofridos por petistas em diferentes ambientes sociais. Tal como no passado o PT foi cobrado pela violência de setores dos movimentos sociais, agora o PSDB e outros partidos de oposição precisam ser cobrados pela violência política crescente de oposicionistas.
A oposição quer a violência política, por Aldo Fornazieri | GGN http://jornalggn.com.br/noticia/a-oposicao-quer-a-violencia-politica-por-aldo-fornazieri#.VeXWZg0YSxh.twitter

No 1º parágrafo há um erro lapidar, o que Luís Nassif entende por "oposição" não é o que nós entendemos. O PSDB e Aécio Neves foram meros oportunistas nesta onda toda. O próprio FHC, inicialmente, claramente rejeitou o impeachment tendo subido o tom de sua crítica só recentemente. E cá entre nós, Aécio é fraquíssimo... Ronaldo Caiado ou Jair Bolsonaro são muito superiores para capitanear este movimento, caso o fosse... É um movimento autônomo, com grupos mais liberais (Movimento Brasil Livre - MBL), pró-PSDB, embora não assumidos, como o Vem Pra Rua Brasil e outros personalistas como o Revoltados ON LINE. E há dezenas de outros movimentos esparramados pelo país que não têm vinculação direta com os mais famosos e são (isto é importante) descentralizados.

Quanto aos xingamentos que ministros e políticos vêm recebendo nas ruas, o que me espanta é a desfaçatez dos mesmos aparecer em locais públicos acreditando que não sofrerão nenhum tipo de ataque verbal-moral. Isto é uma mudança, no sentido de que a indignação moral está compondo o comportamento cultural e político de nossa sociedade. A imagem do homem público deveria ser ilibada e não o é. Talvez o que estas manifestações e crise tenham gerado seja um ponto de inflexão no padrão de comportamento de nossos homens públicos. É um wishful thinking declarado, eu assumo, mas me espanta a tranquilidade com que um Guido Mantega, não necessariamente arrolado nos casos de corrupção (até onde eu sei) vai tranquilamente almoçar em um restaurante de luxo no Itaim-bibi em São Paulo acreditando que ninguém proteste contra sua presença, o principal responsável pelo caos econômico atual. Eu, se fosse ele estaria recluso em um bunker ou foragido no Caribe próximo ou em um paraíso fiscal, que talvez já seja próximo de algo de interesse também... Mas como não sou, estou aqui, digitando no meu meio tempo enquanto me preparo para o trabalho em meu 3º mês atual cujos rendimentos eu adquiro, pois os cinco primeiros foram utilizados só para pagar o fisco do estado brasileiro.

Eu poderia me alongar falando de detalhes econômicos, mas acho desnecessário, uma vez que a afronta petista à nossa Constituição, que bem ou mal é a nossa Constituição me parece bem pior. E, muito embora não se deva acusar o mensageiro, mas atacar a mensagem, eu me pergunto qual o mérito de um papagaio pago pelo PT, cuja consciência deve estar à leilão no mercadão de frutas da próxima estação política?


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