sexta-feira, janeiro 20, 2017

A Cor do Mundo


O MUNDO É MULTICOLOR, multiculturalista para usar um palavrão da moda (na maioria das vezes confundido com sociedade multicultural) sempre foi um agregado e não uma união. Por mais que se odeie o credo muçulmano, como tendo uma essência intrinsecamente violenta (e se esquece com facilidade do Velho Testamento da Bíblia), antes de ajoelhar em direção à Meca, um pashtun cresceu nas suas tradições locais. O talebã, inclusive deu uma “bola fora” ao tentar proibir um “jogo bárbaro”, o polo jogado, algumas vezes, com o crânio do inimigo. As tribos se levantaram e disseram isso não! Mas estas mesmas tribos derrubaram o governo comunista que, dentre outras coisas cometeu o sacrilégio de alfabetizar todas as mulheres do país lá pelos anos 80. É estranho quando se fala que o mundo tem uma cor predominante, que tem uma ideologia vencedora, que tem um devir, seja ele azul ou vermelho, como tolos acreditaram no passado. E agora, todos se rendem ao laranja, menos os eternos dependentes do estado-mamãe-providência, a esquerda em geral. Mas ei! Espere aí, o Rei-de-Topete-Laranja que prometeu financiar obras para restabelecer o crescimento da economia? E isto não é o que, senão o que os Democratas sempre fizeram nos EUA? Só há uma razão para que se doure tanto a pílula trumponiana: por mera oposição aos Democratas, sem sequer ver o que representa um misto de gasto público e protecionismo econômico. Claro que nesta briga de facões ideológicos, o que menos se vê é foco no problema ou situação e basta digitar Donald Trump no buscador que virão escândalos sexuais e discursos contra a imigração ilegal, esta que já era devidamente tratada com rigor pelo seu antecessor (veja porque aqui).
Talvez o governo de Trump seja mesmo uma guinada histórica na ordem política
internacional, mas quem acha que isto tem a ver com anti-globalismo está torcendo por um herói, ao melhor estilo do caudilho latino-americano criado para dar esperança contra outro espantalho político, um verdadeiro hoax ideológico criado para vender livros e vídeo-aulas, uma falácia intitulada globalismo. O mundo não é laranja, no máximo ostenta cores diversas, como na fantasia de um palhaço.




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