quinta-feira, janeiro 15, 2015

Reflexões de um pai qualquer sobre Israel


Cf. Rota 2014 - Blog do José Tomaz: "Reflexões de um pai judeu sobre Gaza", por Gustav... http://rota2014.blogspot.com/2014/08/reflexoes-de-um-pai-judeu-sobre-gaza.html?spref=tw

Eu acho improvável que "não reste mais nenhum cartucho" e entendi a reclamação, não literal, mas também concordo que insistir neste caminho, se se tem alguma real consideração com os outros, outros povos inclusive, não trará paz a ninguém, muito menos aos israelenses. Agora, mesmo que se diga por aí que o racismo existe em qualquer lugar do mundo, eu faço uma analogia, a doença existe em qualquer lugar do mundo, mas em certos organismos, bactérias e vírus são controlados. Os EUA, com toda sua pujança e, sobretudo, organização não conseguem superar esta sociopatia, mesmo que combatam com ações afirmativas (amplamente questionáveis, diga-se de passagem), o racismo, onde qualquer choque com policiais não negros se torna uma questão racial se a vítima também for negra. Nós conhecemos isto, mas onde quero chegar? Há nações na África, sim, na paupérrima África com baixo índice (ou nulo) de conflitos étnicos devido ... Aos casamentos inter-raciais. Só aí, com filhos e netos sem referências raciais (ou mais vagamente, étnicas) é que se mudará algo no médio prazo (25-30 anos). E no curto prazo, além da divisão territorial (mas ouso dizer que isto é simples demais), a reafirmação da laicidade. Se me entendeu, para que Israel sobreviva como democracia, a força dos partidos com base religiosa e sua fusão em grupos com esta base tem que ser regulada. Suprimida, não porque daí a reação é maior e sua reorganização para retomada do poder. É a velha história, mantenha seus amigos perto, mas seus inimigos mais próximos ainda... Quanto à divisão territorial, entre estados, pode ocorrer de modo mais efetivo, mas eu arriscaria um experimento: quando se faz isto em favelas ou agregados de submoradias, se reforça o sentimento (isto é tudo, o que cada um acha e não o que é...) de exclusão, mesmo que árabes dentro de Israel tenham um padrão de vida muito superior aos que vivem fora deste estado. Sugiro um experimento urbanístico com bairros mistos, com moradores pré-selecionados por questionários e testes psicológicos (da verdadeira psicologia, a comportamentalista, pois o resto não funciona, não é ciência) que unam indivíduos favoráveis à integração. Posso comentar mais sobre isto, mas é basicamente isto. Leis não funcionam sem uma cultura comum que seja uma legislação informal. O que está escrito deve refletir interações prévias, lei tem que validar o que funciona. 

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